A partir de 2026, a Fórmula 1 voltará à tela da Rede Globo. Após cinco anos de transmissão pelo Grupo Bandeirantes, a categoria mais prestigiada do automobilismo retoma sua parceria histórica com a emissora que popularizou o esporte no Brasil. Em entrevista ao canal AutoMotor, o veterano jornalista Reginaldo Leme comentou os bastidores da negociação e os motivos da decisão da Liberty Media.
Segundo Leme, o retorno à Globo não pegou ninguém de surpresa. “Já havia um compromisso informal desde o ano passado”, revelou. Mesmo com propostas financeiramente mais atrativas — como a da Record, que prometia transmitir todas as provas ao vivo — a Liberty optou pela segurança de uma emissora com histórico sólido na cobertura da F1.
“O Domenicali e o Ian Holmes preferiram a Globo. É um porto seguro, foi onde tudo começou para a Fórmula 1 no Brasil”, afirmou. Leme ainda destacou que a Band manteve o contrato até o fim de 2025 por decisão jurídica do presidente Johnny Saad, mas que internamente já se sabia que a renovação não ocorreria.
Durante a passagem pela Band, iniciada em 2021, a audiência da F1 sofreu queda no Brasil, mesmo com o aumento global de interesse pela categoria. Esse fator também pesou na decisão da Liberty Media.
Sobre seu futuro, Reginaldo adiantou que pretende diminuir o ritmo de trabalho. “Já estava planejando desacelerar. Na Band, eu pensava em fazer só metade das corridas. Agora vou aproveitar para cuidar mais de mim, da família, e relaxar um pouco.”
O jornalista também mencionou a saída de outros profissionais da transmissão, como Mariana Becker, e resumiu seus sentimentos com a mudança: “É um alívio e, ao mesmo tempo, uma despedida dolorosa”.
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