Leila Pereira, atual presidente do Palmeiras, recebeu mais de dois mil votos, venceu o adversário Savério Orlandi e seguirá na função por mais três anos
Leila Pereira foi escolhida para presidir o Palmeiras de 2025 a 2027. Máxima dirigente do clube desde o início de 2022, a empresária de 60 anos confirmou o favoritismo na disputa com Savério Orlandi e recebeu, neste domingo (24/11), o voto de 2.295 associados, contra 858 do advogado. Houve, ainda, 30 votos em branco. A fluminense de Cambuci vai, assim, para o segundo triênio à frente do clube, ao qual chegou como patrocinadora, em 2015. Dona da empresa de crédito Crefisa e da rede universitária FAM, envolveu-se desde o início da parceria na política da agremiação, teve as portas abertas no Conselho Deliberativo e venceu sem adversários a eleição presidencial de 2021.
De lá para cá, grupos diversos se uniram e formaram um bloco de oposição, com críticas à administração. Savério contestava – e contesta – sobretudo o que chama de “caráter personalíssimo” da gestão Leila, com questionamentos sobre o conflito de interesses decorrente de seus papéis como dirigente do clube e dos patrocinadores. Os argumentos não foram suficientes para derrubar Pereira, prestigiada pelos grandes resultados obtidos no futebol profissional nos últimos anos. A situação financeira da agremiação, apesar das objeções dos opositores e de problemas eventuais de fluxo de caixa, é saudável na comparação com a dos principais rivais.
“Hoje, é difícil ser oposição no Palmeiras”, divertiu-se, em entrevista concedida à Folha no mês passado.
A oposição, de fato, teve dificuldades na eleição. Questionou as regras do jogo, lamentou a cobrança de valores altíssimos – R$ 100 mil pelo aluguel do ginásio, R$ 50 mil pelo uso do estande padronizado – para realizar campanha dentro do clube e ironizou os shows gratuitos oferecidos aos sócios.
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