- PUBLICIDADE -
Tamburello foi totalmente redesenhada desde aquele fim de semana trágico há exatos 28 anos, em 1º de maio de 1994
Mesmo para quem não gosta de automobilismo, a palavra Tamburello traz lembranças negativas à mente. Trata-se do nome da famosa curva do Circuito de Ímola onde Ayrton Senna sofreu grave acidente que custou a sua vida, em 1994. A morte do ídolo, que completa 28 anos exatamente neste domingo, trouxe mudanças profundas para a segurança da Fórmula 1, com consequências diretas para a Tamburello, que foi totalmente redesenhada desde aquele fim de semana trágico.
Até aquele GP de San Marino, a curva era uma das mais velozes da história da F-1. Era pouco acentuada e longa, permitindo aos pilotos entrar em alta velocidade, sem aliviar o pé no acelerador do começo ao fim. Com frequência, superavam os 300 km/h. Não por acaso, o local já havia sido palco de acidentes graves antes de 1994, um deles sofrido por Nelson Piquet, em 1987.
Tudo mudou no fim de semana de 1º de maio de 1994. Três graves acidentes aconteceram entre sexta-feira e aquele domingo, um em cada dia. No primeiro, durante treino livre, Rubens Barrichello deixou a pista inconsciente e correndo risco de morte ao bater na Variante Baixa, curva que vinha logo antes da Tamburello. No sábado, o austríaco Roland Ratzenberger perdeu a vida no treino classificatório. E, no domingo, Senna não conseguiu controlar a sua Williams e atingiu em cheio a mureta de proteção.
Para o ano seguinte, a direção do circuito, oficialmente batizado de Autódromo Internazionale Enzo e Dino Ferrari, promoveu mudanças radicais na Tamburello. A longa curva foi "quebrada" ao meio para dar lugar a uma chicane. O objetivo era reduzir a velocidade dos pilotos naquele trecho. A descaracterização foi criticada por muitos na época. A Tamburello era uma das marcas do traçado.
Nos anos seguintes, novos ajustes foram feitos na famosa curva, deixando-a ainda mais lenta. Novas áreas de escape surgiram dos dois lados, apesar das restrições físicas. Neste trecho do autódromo, a pista é limitada à direita pelo rio Santermo, que quase acompanha o traçado pelo lado de fora do circuito. À esquerda, há um pequeno estádio de futebol, dentro do autódromo, onde o Imolese, da terceira divisão do futebol italiano, manda seus jogos.
Estas barreiras geográficas tornavam a curva ainda mais arriscada. "A Tamburello era um pouco perigosa porque a área de escape não era tão grande", lembra Felipe Massa, ao Estadão.
Fonte: Terra

Comentários

- PUBLICIDADE -
- PUBLICIDADE -