Quando Chase Kalisz bateu na parede no medley individual de 400 metros de natação em 24 de julho – um corpo à frente de seu competidor mais próximo -, ele deu aos Estados Unidos sua primeira medalha na Olimpíada de Tóquio. Os norte-americanos não diminuíram o ritmo a partir daquele momento: no dia seguinte, o boxeador superpesado Richard Torrez Jr. também levou o ouro e, no final da competição, o país registrou nada menos do que 113 medalhas, 25 a mais do que a China, segunda colocada no quadro geral.
Foi um resultado impressionante – o quarto melhor dos EUA em seus 125 anos de história nos Jogos Olímpicos -, com desempenhos superlativos que vão das cinco medalhas de ouro de Caeleb Dressel na piscina até o retorno comovente de Simone Biles na trave, passando pelo duelo épico entre Sydney McLaughlin e Dalilah Muhammad nos 400 metros com barreiras. Para cada uma dessas medalhas, o Comitê Olímpico e Paraolímpico dos Estados Unidos se comprometeu a pagar bônus consideráveis: US$ 37,5 mil por ouro, US$ 22,5 mil por prata e US$ 15 mil por bronze.
Ao todo, o Comitê Olímpico dos Estados Unidos vai acabar desembolsando US$ 7,84 milhões graças ao grande número de subidas ao pódio dos atletas norte-americanos, que recebem o mesmo bônus, independentemente de terem vencido individualmente ou em equipe. Cada um dos oito nadadores que competiram no revezamento medley masculino de 4×100 metros na qualificação e na final, por exemplo, receberão US$ 37,5 mil por sua vitória, enquanto os 22 integrantes da equipe feminina de futebol embolsarão cada US$ 15 mil pelo terceiro lugar. Tudo isso somado à assistência financeira que o comitê já oferece em forma de bolsas e seguro saúde.
Embora algumas nações – Grã-Bretanha, Nova Zelândia, Noruega e Suécia, entre elas – não paguem um centavo aos seus atletas em bônus pela conquista de medalhas, muitos países o fazem, incluindo programas olímpicos poderosos como os da Austrália, Canadá e França. Algumas nações menores oferecem bônus muito maiores, com Singapura, disposta a desembolsar cerca de US$ 738 mil para os medalhistas de ouro, e a Malásia, que oferece um pagamento único de US$ 237 mil mais um subsídio mensal vitalício. Mas esses países normalmente não ganham muitas medalhas, portanto, sua conta nunca é muito alta.
A China não divulga os valores de seus bônus desde que pagou US$ 51 mil aos medalhistas de ouro nos Jogos de Pequim, de 2008. As reportagens sobre o assunto no país sugerem que, provavelmente, os prêmios são menores agora, mas com mais ouros e mais medalhas no quadro geral em Tóquio, atrás apenas dos Estados Unidos, sugerem que o desembolso foi maior do que grande parte dos demais países. A Rússia, que ficou em terceiro lugar no geral, também não respondeu aos contatos feitos pela Forbes sobre o assunto.
No Brasil, segundo o COB (Comitê Olímpico do Brasil), cada atleta vencedor do ouro em modalidade individual receberá um prêmio de R$ 250 mil (cerca de US$ 47.800). Para a prata, o valor é de R$ 150 mil (US$ 28.680) e para o bronze R$ 100 mil. (US$ 19.120). Equipes com até seis atletas têm direito a prêmios totais (para dividir) de R$ 500 mil (US$ 95.600, no caso de ouro), R$ 300 mil (US$ 57.361, prata) e R$ 200 mil (US$ 38.240, bronze). Já nas modalidades coletivas, os bônus variam de R$ 750 mil (US$ 143.400, ouro), R$ 450 mil (US$ 86.042, prata) e R$ 300 mil (US$ 57.360, bronze). Com base nesses valores, o desembolso da entidade esportiva deve ser próximo a US$ 880 mil.
Fonte: Forbes
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